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Skate nas Olimpíadas | Canal Off faz Debate | Esporte ou Estilo de vida!

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Entenda a caminhada e as diferenças entre a rua e o pódio.

O Skate nas Olimpíadas, Canal Off faz um debate! Qual a importância do skate nas Olimpíadas? Será que foi bom para a imagem do skate e seu lifestyle? Vimos que o Skate fez o maior sucesso, conquistou o mundo e as mídias, com show de manobras e empatia. Mas todo este sucesso abriu um debate sobre o skate ser um esporte olímpico.

Quem assistiu pela primeira vez, viu um esporte que mixa momentos de diversão, amizade e celebração. Alguns encaram essa ideia como uma oportunidade de negócios, outros discordam e acreditam que o skate está partindo para um caminho que foge da sua essência.

Mas o skate precisa das olimpíadas ou as olimpíadas precisam do skate? O skate pode alcançar mais destaque como esporte olímpico ou isso interfere no lifestyle? É isto que a gente vai tentar explicar: os dois lados dessa moeda.

Skate nas Olimpíadas versus Skate das Ruas. Parte 1: Debate no Canal Off.

Em 2021 o skate se tornou um esporte olímpico e estreiou nos jogos Olímpicos de Tóquio 2020. O Brasil esteve presente nos pódios com medalhas de prata nas modalidade Street e Park. Foi uma conquista incrível para um país que tem poucos recursos favoráveis ao skate, como mostra a abertura do vídeo. No início do debate sobre o skate nas Olimpíadas do Canal Off, o skatista profissional Lucas Xaparral, sacramentou que as pessoas entenderam que o skate não é coisa de vagabundo:

Conseguiram tratar o skate como uma coisa positiva, legal e entenderam um pouco do nosso universo”

Na foto abaixo vemos as competidoras motivando Misugu Okamoto (de laranja) após ela errar a manobra e começar a chorar. Empatia, esta é a imagem que o skate deixará para as Olimpíadas. Sim! O skate é um esporte competitivo, todo mundo quer dar o seu melhor e vencer, mas a amizade e o espírito skate for Fun vão estar sempre presentes. Será que é uma pitada da contra cultura que o skate representa?

O Skate nas Olimpíadas: Misugu Okamoto, Brett Wettstein, Poppy Starr Olsen e Yndiara Asp / Foto: Jamie Squire / Getty Images
O Skate nas Olimpíadas: Misugu Okamoto, Brett Wettstein, Poppy Starr Olsen e Yndiara Asp / Foto: Jamie Squire / Getty Images

Lifestyle – O estilo de vida de dos skatistas

A cena do skate está presente e se concentra nas ruas das cidades. Os skatistas utilizam os espaços urbanos como escadas, calçadas, corrimão, bordas de bancos para mandar diversas manobras. Lugares que passariam despercebidos aos olhos dos cidadãos se tornam um pico perfeito.

Luan Oliveira/ Pivot to fakie/ Foto: Pablo Vaz
Luan Oliveira/ Pivot to fakie/ Foto: Pablo Vaz

Nesses lugares reina a alma e as origens do estilo de vida que ainda é encarado como contra-cultura e que foge dos padrões aceitos pela sociedade. Realmente é algo que precisa ser vivido para ser compreendido, pois é difícil explicar para uma pessoa que o prazer está na expressão.

Andre Hiena Skatepark. Pista de skate criada pelos skatistas locais leva o nome em homenagem ao skatista que fortalecia a cena e os amigos. Foto: Jr Lemos / Tribo Skate
Andre Hiena Skatepark. Pista de skate criada pelos skatistas locais leva o nome em homenagem ao skatista que fortalecia a cena e os amigos. Foto: Jr Lemos / Tribo Skate

O fotografo Heverton Ribeiro comentou sobre seu ponto de vista a respeito do skate nas olimpíadas no Canal Off. Ele acredita que o skate dita tendência, música, comportamento e que todos querem consumir o skate de alguma forma mesmo sem praticar. Segundo ele, não deveriam ter pedido para colocar o skate nas olimpíadas:

É uma conta que não fecha, é uma coisa que não bate. A gente é contra-cultura desde sempre. É isso que é o skate! É você sair do formato padrão e expressar sua arte!” – Heverton Ribeiro.

Para você entender melhor esse comentário dê uma olhada com atenção no vídeo abaixo:

Skate como forma de negócio

Nas ruas surgiram empresas inovadoras que valorizam a liberdade de expressão e a criatividade. Diversos nomes/ marcas ganharam respeito e admiração por mostrarem a sua própria voz. Esses skatistas ou empreendedores (e até mesmo os dois) criaram sua própria forma de sobreviver fazendo aquilo que os deixam mais felizes: andar de skate. A Vans é uma das empresas mais clássicas e que sobrevive até hoje como um nome de peso no mercado.

Aos nossos olhos um conjunto de fatores são indispensáveis: O simples barulho da rodinha e do shape batendo no chão, a celebração de cada manobra (mesmo de um desconhecido) independente do acerto ou do grau de dificuldade, a presença e parceria dos amigos, a criação da própria identidade visual através das vivências. Tudo isso mostra que o skate, por mais que pareça ser individual, é o estilo de vida mais coletivo que existe. É o que vemos nessa “Intro” da Volcom Stone:

Esses são apenas alguns exemplos de marcas que sobrevivem de forma independente. São muitas histórias que o Grito da Rua viu em sua vida e para entender esta preocupação que os skatistas tem pelas marcas. Vejam o encontro em 2017 O Futuro do Skate no Encontro dos Empresários do Skate Nacional, antes de o skate virar um esporte olímpico.

Os atletas do skate Olímpico e competidores

Apesar da liberdade ser o nosso lema, existem os skatistas que tem um estilo de vida focado em competições. Nesse caso exige uma preparação específica e mais regrada. Muitos seguem esse caminho pois é a forma que encontraram para ganhar patrocínio e poder andar de skate todo dia, outros por gostarem de competir e se sentirem confortáveis nesse espaço. Dora Varella falou sobre a rotina de treinos e preparação física. Assim como ela, todos os atletas se seguem uma rotina de treinos e fisioterapia:

https://www.instagram.com/p/COlz571AnLe/?utm_source=ig_web_copy_link

Cesinha Chaves disse que esse formato exige uma maior preparação, pois o skatista tem que ter uma vida regrada e saudável para conseguir o desempenho que o campeonato exige. Além dele o presidente da CBSk (Confederação Brasileira de Skate) Eduardo Musa falou a respeito do formato de competição Olímpico e disse que a galera entendeu a ideia de que é necessário seguir essas regras.

Durante a caminhada olímpica (competições que levaram a Tokyo) não houve nenhum caso positivo de Dopping (uso de substâncias ilegais e que podem favorecer de alguma forma o desempenho).

O Skate nas Olimpíadas é o futuro? Parte 2 debate no Canal Off.

De uma forma ou de outra o skate explodiu após olimpíadas e junto com ele a sua cultura; A música, as formas de comunicação e as tendências que surgem através do skate viram “referência”. Não há como evitar, ele é mais forte do que se pensa e chama a atenção por onde passa. Essa grande família já esteve (ou se você for mais abençoado está) diante dos seus olhos.

O skatista Lucas Xaparral e o criador de conteúdo Tobias Sklar relataram no debate do canal Off, que as Olimpíadas foi uma grande oportunidade para os atletas que competiram e também para os skatistas de forma geral, por conta da visibilidade, sejam valorizados e recebam suporte financeiro para viverem do skate.

Alguns países, como o Japão, criaram um incentivo para a construção de novas pistas de Street e Park, além de estímulos para a profissionalização do esporte. Pipocaram os Maiores, cada uma maior que a outra. Todas estas oportunidades são essenciais e contribuem para o desenvolvimento de novos skatistas. Tudo isso surgiu através de muitas pedaladas que culminaram nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. maiores Skateparks no mundo

Skating in Japan
Skating in Japan

Skate nas Olimpíadas no Canal Off! Essa discussão tem fim?

O debate sobre o Skate nas Olimpíadas do Canal Off mostrou muito bem os dois lados da história e não tomou posição favorável ao skate como estilo de vida ou como esporte olímpico. No entanto afirmaram que independente da forma, o skate deve ser praticado sempre com respeito ao próximo. A skatista Monica Torres seguiu a mesma lógica:

Cada um tem que criar seu próprio caminho, acreditar naquilo e fazer!” – Monica Torres

Disse que o skate como estilo de vida não mudou e que as olimpíadas também não mudará nada. Também destacou que o sonho dela era andar de skate com a galera que assistia nos video partes. Outros skatistas que também são referência; Karen Jonz, Isadora Pacheco, Letícia Bufoni, Felipe Gustavo e os entrevistados citaram a galera do Dogtown; Tony Alva, Stacy Peralta e Jay Adams foram como os precursores do skate. Além das lendas do Vert: Tony Hawk, Christian Hosoi e Bob Burnquist. Também o pai do Freestyle: Rodney Mullen.

Independente de onde o debate sobre o Skate nas Olimpíadas do Canal Off vai parar, o legado de humildade, persistência e transformação criado pelos skatistas vai sobreviver. O skate é único em todas as suas formas!

Queremos saber a sua opinião a respeito!

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