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Xande Marten CEO da Vista no Congresso Brasileiro de Skate 2018|

Xande Marten, o CEO da Vista, deu aula de como se reinventar num mercado cada vez mais exigente!

Xande Marten | CEO da Vista é graduado em Publicidade e Propaganda. Xande Marten fundou a Vista SA em 2004 e nesses 14 anos de atuação já realizou mais de 200 projetos entre eles o Red Bull Skate Generation, o Vans Park Series, o Matriz Skate Pro e agora o Adidas Das Days.

Sobre A VISTA!

A Vista é um organismo vivo que trabalha através do lifestyle,
culturas presentes na rua, como a arte, a música e o esporte, um laboratório criativo diferente de tudo.
Com mais de 15 anos de atuação, mais de 100 clientes atendidos,
entre eles Samsung, Axe, Santander, Jeep, Nike, adidas, Vans, Mountain Dew, Gatorade, Red Bull e Jameson, mais de 400 projetos realizados na América Latina, atuamos gerando Conteúdo (on e off), fazendo Mídia e produzindo Eventos e Ativações para um público ligado ao comportamento jovem urbano.

Tendo a improbabilidade do estilo como um guia,
buscamos inovar e surpreender, aliando profissionalismo e dedicação.Vista

Xande Marten CEO da Vista dá entrevista para ESPN!

A Vista está completando dez anos. Ela surgiu com a ideia de ser uma revista para ser distribuída gratuitamente. Qual era a tiragem inicial, a atual e como foi convencer os anunciantes a acreditar nessa ideia no começo?
As duas primeiras edições até tentamos colocar a venda em bancas e vimos que já naquela época o encalhe das revistas era gigante, chegava a 80% em alguns casos, ou seja, 80% do papel impresso não chegava pelo canal principal de distribuição para o público. Foi aí que partimos pra pesquisa de outros formatos de distribuição, já tínhamos a experiência da internet e para um projeto físico percebemos que a distribuição gratuita ajudava muito. O foco foi sempre fazer o que gostávamos, buscando algo diferente, com qualidade e com valor agregado.
Com a distribuição gratuita, com um produto feito com amor, muita dedicação e as vezes teimosia, fomos aos poucos criando um caminho, criando raízes e buscando sempre a evolução, e os anunciantes foram se aproximando. A tiragem na época era de 2 mil exemplares e hoje trabalhamos com o ideal de 20 mil exemplares.

Você consegue fazer um balanço sobre todos esse primeiros anos?
Falando de uma forma geral, apesar de termos feito muitas coisas, estes dez anos passaram muito rápido. Em todos estes anos, sempre mantivemos a paixão pelo que fazemos, acordamos com vontade, na Vista nunca existiu segunda-feira, isso é a prova de que cada um destes dez anos foi importante e relevante.

Como dono de revista impressa, qual sua opinião sobre o futuro das revistas?
Acredito que para as gerações que foram alfabetizadas na caneta e no caderno (a minha por exemplo), a revista tenha perdido sua função de canal de informação mais instantâneo. Porém ela pode prosperar como um canal atemporal, uma experiência de conteúdo. Porém eu acredito que haverá uma ruptura de formato muito maior quando as gerações que estão sendo alfabetizadas no mundo digital estiverem preenchendo as faixas etárias dominantes da sociedade. No caso da Vista, nunca tivemos a necessidade de sermos uma revista impressa para sempre, mas sim evoluirmos sempre como uma experiência de conteúdo, é isto o que buscamos e estamos indo bem.

Quais as pautas que você tem mais orgulho de ter publicado nessa primeira década?
O maior orgulho que tenho da Vista é da postura que temos, na realidade a falta dela (risos). Trabalhamos praticamente todos a distância, só entre amigos e sem regras. A improbabilidade do estilo é o que buscamos, queremos tirar o leitor da zona de conforto e muitas vezes conseguimos. No início, quando ainda procurávamos colocar skatista dando manobra na capa, me orgulho de termos a maioria das capas com skatistas sem patrocínios. Ao mesmo tempo em que o “mercado” precisa que as mídias dêem visibilidade aos “renomados”, não podemos esquecer que o skate surgiu como contra-cultura, então isso nos motiva a mostrar que não existem regras ou formatos definidos por mercado, preferimos usar o que fazemos como laboratório de reflexão em busca da evolução.

Nesse domingo rola a festa de aniversário, o VISSS. Quais os critérios para escolher os convidados?
Fácil, escolhemos o que tem de melhor (risos). Na realidade, estamos a bastante tempo planejando um projeto que fosse uma experiência de conteúdo em forma de evento, de festival. E, ao longo desse processo, muito se conversou, se pesquisou, e aos poucos as coisas foram se formatando e conseguimos juntar atrações que somos realmente fãs para celebrar os dez anos da Vista e acima disso, fortalecer a cultura que vivemos. Antes do festival VISSS, que acontece dia 9 de novembro em São Paulo, realizamos uma primeira fase em diversas capitais, onde pesquisamos uma banda local da cena independente, um DJ ou produtor local da cena independente e um artista local da cena independente. Juntamos esta galera pra fazer uma versão pílula do festival naquela área e todos os eventos foram muito foda, juntamos de fato a galera que vive o skate, a arte e a música para fortalecer a cultura. Com cada um deles, produzimos um Mini-Doc. Nesse processo da primeira fase, fomos amadurecendo os convidados. Quem foi no evento, pode sugerir nomes, pode trocar uma idéia e compartilhar vontades e idéias. Isto nos ajudou muito a chegarmos nestes nomes.

Jimbo Phillips, filho do lendário Jim, vem pela primeira vez ao Brasil justamente para expor na festa da Vista. Qual a importância de ter um cara como ele nesse evento?
É um sonho sendo realizado. Jimbo e seu pai, Jim, são responsáveis por muito da estética do skate, surf e música da califórnia, o que sempre foi uma referência absurda pra nós. Então, realizar esta primeira fase do VISSS com diversos artistas locais aqui do Brasil e finalizar o ano trazendo uma grande referência pra esse intercâmbio, é bom demais, ‘tá loco’!

Faça aí seu convite para quem quiser curtir o Visss.
Estamos trabalhando a bastante tempo pra fazer um evento pra arrepiar qualquer um que goste de música, de skate e de arte, tenho certeza que cada centavo gasto no ingresso voltará em forma de experiência de conteúdo de alto nível. São sete atrações musicais, três exposições de arte, oficina de serigrafia, instalação skatável aberta ao público, pop up store com produtos collabs da Vista com marcas parceiras, e mais… Vale muito, nos vemos lá, dia 9 de novembro! Para ESPN!

Veja tudo que aconteceu noCongresso Brasileiro de Skate 2018!

Por Badeco Dardenne

Nos anos 70 era surfista e andava de skate quando não tinha onda, montou seu primeiro skate pregando os eixos do Patins Torlay na madeirite, andava nas ladeiras do Leblon e filava o skate da galera da Cobal do Humaitá. Andou em Campo Grande, mas no Barramares e no Rio Sul ficava babando. Com a Mustabí Creize, a primeira loja 100% skate, produziu o Circuito DHS Bebe Diabo, para iniciantes e amadores, em Perdizes, Sumaré e na Ladeira do Bosque. Com o Mustabí Team patrocinou o Campeão Overall Renato Cupim e o Chorão do CBJ no Freestyle, entre outros. Foi o produtor e apresentador do Primeiro programa do Skate na TV, O Grito da Rua! Foi co-fundador da USE (União de Skatistas e Empresários). É auto-didata, disléxico e incentivador do skateboard Nacional.

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